Mordi uma fruta
que só tinha caroço
era o pecado
tão puro, tão cheio de mim
que o gosto não era ruim
Eu cuspi
larguei tudo
o sabor nocivo
doce deletério daquele bendito caroço
Mas passou, foi embora
é o pecado que se viu
já sem perdas, sentimentos
no encalço como sombra
pois por mais perdão que se peça
de mesmo pecado viverá amanhã
e depois... e depois... e depois...
Aquela fruta mordida
agora é o embalo da minha fé
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