No banco da praça não tem frescura
Senta branco, negro, pobre, rico, casal, solteiro
Deita viúvo, bêbado e mendigo
Banco de praça é o pedestal cotidiano
Banquinho cheio de ódios, amores, histórias e músicas
Violeiros de plantão, Ah, musicalidade!
Velhos quietos que pra pombo dão milho
Velhos gaiatos que pra rabo de saia dão olho
Do banco se vê tudo, se vê todos
Passam diferentes, iguais, vagabundos
Tudo pode acontecer perto de quem recosta
Debaixo da árvore, no canto do jardim
É espaço pra tudo, feito pra sentar, pra quem não quer nada
De fato, tudo se passa
No bendito banco de praça
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